Utiliza-se a Rizotomia por radiofrequência, procedimento minimamente invasivo, para tratamento de dor crônica na coluna. Como descrito abaixo, é um método moderno e seguro para tratamento de diversas causas de dores na coluna.
Um gerador de RF (radiofrequência) é um aparelho eletrônico usado para gerar sinais elétricos de alta frequência (de dezenas de kHz a centenas de MHz).
Projetado com as mais recentes tecnologias de design e eletrônica, é um equipamento especialmente desenhado para que o cirurgião possa realizar os diversos procedimentos para tratamento da dor tais como: Rizotomia de Faceta Cervical e Lombar, Rizotomia Trigeminal, Ablação Intradiscal, Drez, Cordotomia, radiculotomias, tratamento da sacroileíte e ainda procedimentos de cirurgia funcional como: Talamotomia, Palidotomia, Cingulotomia entre outros.
Operando com potência de até 50 watts, possui recursos de medição de impedância, estimulação motora e sensitiva, lesão térmica por RF contínua, RF pulsátil e controle automático de tempo e temperatura.
Utilizam-se apenas de agulhas que são inseridas na pele até pontos da saída dos ramos mediais das facetas articulares. Não são realizados cortes ou incisões.
Com sistema de comando e controle totalmente digital, proporciona maior precisão e segurança nos diversos tipos de controles, ajustes e leituras. A possibilidade de uso de placas de retorno auto-adesivas possibilita também maior segurança e eficiência no funcionamento. A tecnologia, utilizada no projeto do circuito de potência, permite obter alta eficiência de operação.
Para localização dos pontos exatos, utilizamos de fluoroscopia que, basicamente, é uma câmera de vídeo acoplada a um aparelho de raios-x, permitindo ao cirurgião ver exatamente o ponto de inserção das agulhas em tempo real, minimizando os riscos de lesões inadvertidas, tornando então o procedimento seguro.
Nesta técnica, um eletrodo em forma de agulha é colocado sobre os pequenos nervos que transmitem a dor das articulações facetárias desgastadas. Estes eletrodos são ligados a um aparelho de radiofrequência, que fornece uma quantidade controlada de energia, fazendo a coagulação destes nervos. A destruição destes pequenos ramos nervosos leva a uma anestesia das articulações dolorosas.
É bom frisar que os ramos nervosos destruídos no procedimento são minúsculos, estando envolvidos apenas com a dor nas articulações facetárias. Não são os mesmos nervos que levam a sensibilidade e o movimento das pernas ou braços, por isso o procedimento é bastante seguro.
A denervação facetária por rádiofrequência também é uma técnica percutânea, feita sem necessidade de hospitalização, e sua vantagem sobre a infiltração facetária é a maior durabilidade dos resultados.
Ao lado, exemplo do exato ponto da emergência do ramo medial que deve ser cauterizado.
Ao lado, mostra-se uma imagem de Raio-X com a correta colocação das agulhas na saída do ramo medial que deve ser confirmada antes de iniciar a lesão térmica.
O efeito é praticamente imediato sentindo-se efeito máximo após 24-48h após o procedimento e este sendo totalmente indolor.
É feito sob anestesia local em regime de hospital-dia e o paciente recebe alta no mesmo dia.
Geralmente, iniciam-se as atividades normais em 48 horas após o procedimento.
Na coluna cervical, o procedimento é parecido, mudando apenas as ponteiras, que são menores. Ao lado, exemplo de rizotomia cervical pelo Raio-X.
A Sacroileíte é uma inflamação nas articulações sacro ilíacas. Estas conectam a parte inferior da coluna com a pelve. Nestes quadros clínicos, até mesmo pequenos movimentos da coluna podem ser extremamente desconfortáveis e dolorosos. Podemos também tratar casos crônicos de difícil melhora clínica com ablação por radiofrequência desta articulação.
O interessante é citar que o quadro de Sacroileíte é muito frequente, chegando a 30% das causas de Lombalgia e muitos médicos não especialistas não reconhecem a doença e, portanto, não fazem tratamento adequado.
O método de denervação da sacro-ilíaca é semelhante ao da região lombar. A diferença é a distribuição da inervação que é ampla, maior e mais difusa que nas facetas, necessitando denervarmos diversos pontos para um alívio satisfatório.
Exemplo dos pontos a serem denervados e anatomia da emergência dos nervos sacrais posteriores de S1 a S3.
Ao lado, modelo anatômico exemplificando os forames de S1 a S3, onde emergem os nervos responsáveis pela sensibilidade dolorosa da articulação sacro-ilíaca.
Ilustração mostrando a emergência dos nervos sacrais posteriores e a cânula de Rizotomia.
Ao lado, imagem radioscópica exemplificando os forames de S1 e S2 com as cânulas de radiofrequência já posicionadas na emergência dos nervos sacrais de S1 e S2 para procedimento de rizotomia por radiofrequência.