A Discopatia degenerativa lombar é uma condição que afeta os discos intervertebrais localizados na região lombar da coluna vertebral, notadamente os dois últimos, L4 e L5. Os discos intervertebrais são estruturas em forma de anel localizadas entre as vértebras lombares, que atuam como amortecedores e permitem o movimento flexível da coluna, além de importante estabilização vertebral.
Assista a uma explicação minha a respeito da Discopatia Degenerativa da Coluna Lombar.
A Discopatia degenerativa lombar ocorre quando os discos intervertebrais na região lombar sofrem degeneração e desgaste ao longo do tempo. Essa degeneração pode ser resultado do envelhecimento natural, desidratação dos discos, perda de elasticidade e resiliência, além de fatores como lesões, sobrecarga mecânica ou predisposição genética.
Imagem de ressonância magnética mostrando o aspecto normal dos discos (brancos, com altura preservada e com os anéis fibrosos íntegros)
Neste estágio inicial, o disco já é preto, pode apresentar protrusões posteriores (seta) com fissura do disco e até achatamento discal leve.
Uma vez iniciado este processo, ele é progressivo e irreversível. A evolução para as fases avançadas é inexorável.
O disco então passa a ter um processo inflamatório ao seu redor, com alterações no platô das vertebras (sinais de MODIC) e calcificações posteriores do disco, levando então a dores intensa, constantes, na região lombar e início das radiculopatias (dores no nervo ciático).
Ilustração dos padrões de MODIC.
Imagem de ressonância mostrando as alterações de MODIC.
Os principais sintomas da Discopatia degenerativa lombar incluem dor na região lombar, que pode ser constante ou intermitente, rigidez na coluna vertebral, limitação dos movimentos, dor irradiada para as nádegas, coxas ou pernas (dor ciática), formigamento ou dormência nessas áreas e fraqueza muscular nos membros inferiores.
O diagnóstico da Discopatia degenerativa lombar é realizado por um médico especialista, neurocirurgião, através da análise dos sintomas, histórico médico e exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC). Esses exames permitem visualizar as alterações estruturais dos discos e identificar possíveis compressões nervosas ou outras condições associadas.
O tratamento da Discopatia degenerativa lombar geralmente começa com medidas conservadoras, como repouso, fisioterapia, exercícios de fortalecimento e alongamento, analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor e melhorar a função. A aplicação de calor ou gelo também pode proporcionar alívio temporário, além de infiltrações espinhais.
Em casos mais graves, quando o tratamento conservador não é eficaz, pode ser considerada a opção cirúrgica, que pode envolver a remoção do disco afetado (Discectomia) ou a fusão vertebral para estabilizar a coluna vertebral.
É importante destacar que o tratamento da Discopatia degenerativa lombar é individualizado, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a idade do paciente, a resposta ao tratamento conservador e outros fatores específicos. É fundamental consultar um médico especialista para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, visando aliviar a dor, melhorar a função e promover a qualidade de vida.
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